Saite da Vida

Saite da Vida

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lembranças da Adolescência

Toda mocinha em mil nocentos e sessenta e oito gostava do livro o "Pequeno Príncipe". Eu lia e relia, tentando apreender o significado profundo. Na verdade eu entrava no livro e viajava pelos planetas com ele. Na verdade eu queria fazer parte de outro mundo, um mundo que se pudesse criar laços verdadeiros e profundos, pois a minha vida vinha me impedindo de amizades duradouras. Neste livro parecia encontrar a solução para as ausências definitivas que me aconteciam. Mudanças da menina para mulher. Mudanças de cidades e colégios. Mudanças de amigos que partiam para nunca mais encontrar. Mudanças de referências. Fui aprendendo a viver de lembranças que se tornavam essências e essenciais. Passei a guardá-las na memória do coração. Foi assim que passados nove anos fui ao encontro da Verinha Martins em Uberlândia. Certa vez ela deu-me seu endereço para correspondência de férias. Na esperança de revê-la, fui ao tal endereço, encontrando-a. Mas ela não deu a mesma importância que eu à nossa amizade. Esta experiência mostrou-me que cada um de nós tem uma percepção diferente da mesma situação. Assim ocorreu com outras amizades, fatos e muito mais.
Para ilustrar os meus sentimentos em relação às pessoas,
transcrevo então um trecho do Pequeno Príncipe (Antoine de Saint Exupéry) que adorava e ainda aprecio,pois ainda é a minha maneira de me relacionar com a vida.
"A raposa olhou o Pequeno Príncipe por um longo tempo.
"Por favor, cative meu coração" -disse-.
Cativar é "criar laços". Se você me cativar, minha vida vai se encher de sol.
Conhecerei um barulho de passos que será diferente de todos os outros. Os outros passos fazem com que eu me esconda debaixo da terra. O seu me chamará para fora da toca, como uma música. Olhe, você está vendo, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão, para mim o trigo é inútil. Os campos de trigo não me lembram nada. Mas você tem os cabelos cor de ouro. Quando você tiver me cativado, o trigo dourado será uma lembrança sua. E amarei o som do vento no trigo..."

Resposta a Uma Carta

Poema de Wagner Borges

Tida e Higor

Esta é a família do Higor
O Higor é o sobrinho que eu cuidei aos três meses de idade. Minha irmã trabalhava em são Paulo, e por duas vezes o trouxe para minha casa. Era pequenininho, lindo e alegre. Nesta ocasião matei as saudades que tinha de um nenezinho. Talvez seja por isto que seja o sobrinho que eu mais goste. Nós quase nunca nos vemos, mas ele está no meu coração desde sempre. Espero que ele estude mais, isto o ajudará na vida a ser um bom cidadão. Que continue sendo feliz em Tangará da Serra!
Tida, se você tiver acesso a este blog, um grande beijo e forte abraço. Você é uma guerreira, a mais lutadora de nós. Nosso pai com certeza tem muito orgulho de você.

A Paz da Cidade (Condado)

Fotos de 2003
Durante esta última semana estive nas ruas de nossa cidade, ficando impressionada com o movimento de polícia, resgate, atropelamentos e colisões. Pensei, lá se vão os tempos de calmaria. Pensando em como modificar esta realidade, a começar de hoje, em qualquer estabelecimento que entrava, na despedida saía desejando muita paz para o dia de hoje. As pessoas não acostumadas com a saudação, solicitavam que eu repetisse, algumas agradecendo muito, ficando felizes. Como nós construímos a realidade de nossas vidas com o pensamento, comecei a construir a Paz em Condado. É uma pequena contribuição; se todos nós fizermos o mesmo, criaremos uma cidade bela de corpo e de alma.
Sorrindo sempre, amando aquela presença que está à minha frente. Assim há um contágio na ordem inversa dos fatos, minimizando a violência, pelo menos naquele espaço. Eu saio, levando o sorriso e o perfume da alma de meu semelhante, e deixando o meu. Uma troca feliz.
Luz , Amor e Paz, para você e para a nossa bela cidade!

domingo, 23 de maio de 2010

A Psicologia do Futuro

Colegas da Faculdade de Psicologia
Nós éramos um grupo de cinco colegas. Os anos de convivência vão aproximando as pessoas com mais afinidade. Nós éramos os diferentes, aqueles que não estavam incluídos no padrão do grupo, porque pensávamos diferente. Não era a idade, mas um, porque era muito estudioso, outro por ter chegado na classe com o bonde andando, outro por ser muito detalhista (poetisa), exigente nos trabalhos e ainda aquele que compreendia melhor a cada um, não entrando portanto, nas dissidências do grupo. Quando adoeci, vieram me visitar algumas vezes. São pessoas muito queridas, todos trabalhando nos seus consultórios, talvez já tenha um a caminho do doutorado.
A nossa classe tinha problemas de relacionamento. Havia vários subgrupos. Tinha um grupinho que julgava-se melhor que os outros, mas terminamos o ano de 2006, amenizando as divergências, todos buscando entendimento. Deixei o curso para sempre, no último mês do quarto ano. Desejava muito ser psicóloga até então. Este projeto fica adiado para uma próxima reencarnação. Até lá a ciência já terá provado a sobrevivência da alma. A especialidade 'Transpessoal", que no futuro não será especialidade, mas o fundamento da psicologia, pois por enquanto toma-se uma patologia como sendo a causa de um transtorno, como se a medicina tomasse o fígado como todo o corpo. Na maioria das vezes um complexo atual, reside num passado distante, além desta vida, que se compreendido facilitaria muito a cura.
Mas agradeço a Deus a oportunidade de ter estudado um pouquinho mais a psiquê, entrado em contato com diversos tipos de mestres, conhecido a diversidade de abordagens que me ajudam quando necessário, ao indicar alguém para uma ou outra especialidade, de acordo com a personalidade do consulente.
Não guardo frustração. Depois disso conheci outro universo, que me ajuda muito a repensar a vida, perdoando e compreendendo mais. Sinto-me mais próxima de Deus! Acho que estou mais saudável de mente e espírito.
Cada um de nós precisa se auto-ajudar, empurrar a vida para a frente, saber evitar a dor pela compreensão espantando as sombras do coração. Jogar fora a bagagem que nos trás peso, tornando a vida mais leve e saltitante.
Nenhum conhecimento será válido se não for exercido com amor!
Estou ainda na fase de desenvolver o amor. O conhecimento intelectual chegará quando eu tiver preparada. Dizem que quando o discípulo está pronto o serviço aparece. Estou no aguardo!

sábado, 22 de maio de 2010

Rainha da Bateria

A Bonnie adora esta foto, com esta legenda. Certa vez revelei meia dúzia desta e lhe dei de presente. Ela distribuiu com seus amigos que adoraram. Bonnie sempre foi extrovertida, engraçada, sempre fazendo piadas e fazendo as pessoas rirem.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Bonnie e Família

Irmã Caçula, filha da minhã mãe.

As crianças são seus netinhos.

Este dia ela comemorava cinquenta anos. Sempre foi muito festeira, baladeira e muito alegre. Mora em Minas desde que casou. Digo que é a casa das sete mulheres incluindo a Bruninha, sua neta mais velha.
Hoje ela tem cinco netinhos. São muito lindos, inteligentes recebendo muito amor dos pais.
As fotos das crianças são de julho de 2008. A festa de cinquenta anos é de fevereiro de 2007.

A Vida é Um Presente De Deus! (Suicídio)

Maio é o mês de Nossa Senhora, mãe de todas as mães. Ela está sempre nos abençoando com seu amor e carinho, cuidando de todos os filhos que a têm por mãe. Na espiritualidade é responsável principal pela legião de suicidas que desencarnaram por incompreensão dos desígnios de Deus. A minha mãe faz parte deste imenso grupo da terra, tendo desencarnado aos vinte e oito anos, vitimada pelo suicídio, deixando uma escadinha de cinco filhos entre quatro e oito anos. Eu sou a mais velha da turminha, posso dizer que senti imensamente a sua perda, somando-se a esta dor maior, a rejeição da sua última benção pelo padre. Senti essa norma seguida pela igreja como uma rejeição, agravando a dor sentida pela morte trágica. Passei anos e anos sem coragem de contar às pessoas que ela havia se suicidado, por sentir um enorme preconceito por parte das mesmas. Ser condenado para sempre ao fogo do inferno para uma filha que ama sua mãezinha, é mais que pode suportar uma criança. Custou-me anos de terapia na vida adulta cuja raiz estava na infância. Felizmente escolhi o caminho de procurar entendimento. Aos vinte e cinco anos conheci através da doutrina espírita que mesmo os suicidas são acolhidos por Deus, embora tendo chegado na espiritualidade, vivam como clandestinos, não tendo acesso ao lugar que lhe é determinado caso chegasse na hora certa prevista por Deus. Mas agora após cinquenta anos de sua morte, sei que foi acolhida pelos meus avós paternos, sendo encaminhada para um instituto de reeducação do espírito.
Em certa ocasião, na Casa Nossa Cantinho (Talinhos), ela deixou-me uma missiva me aconselhando que nunca eu desistisse da luta, porque tinha compreendido que tudo na vida é Deus. Que neste curtos anos para ela, mas longo para nós que aqui estamos, vivia como "uma andarilha da espiritualidade". Que eu cuidasse bem dos meus filhos e sentia muito por não ter feito o mesmo. Lembro-me que nesta ocasião sentia-me orfã também de Deus ( mais ou menos em 1989) estando muito triste.
Atualmente saiu uma reportagem na Revista Veja falando de filhos de suicidas. A sociedade deveria se preocupar mais com esta camada de crianças, pois os traumas são muitos, mais do que se possa imaginar, principalmente oriundos das religiões. Mas Maria e Jesus , estão sempre atentos cuidando dos pequeninos.
Lembro-me que aos dez anos tive um sonho em que ela presa na cruz me pedia água. O sofrimento era tanto que acordei cambaleante, não conseguindo sequer falar, extremamente fraca, como se tivesse passando fome há dias. Após este sonho fiquei por três meses impressionada, que mesmo os sermões do padre nas missas de domingo me atemorizavam. Lembro-me que no dia da palestra sobre os leprosos ( o padre descreveu-nos a doença comentando as condições de vida dos mesmos) talvez evocando no meu inconsciente a rejeição da unção de minha mãe, antes de ser levada para o cemitério (não foi recebida pelo padre). O modo de vida que levavam os leprosos pelo banimento da sociedade evocou-me esta passagem da minha vida, criando em mim um enorme medo de também sofrer algum tipo de banimento. Mas cresci e aprendi que muitas vezes não apenas os réprobos são banidos, mas muitas almas guerreiras que na terra, trazem novidades para melhorar as condições da vida terrena, como cientistas, músicos, artistas, etc, são muitas vezes banidos pela ignorância humana. Resgatei este trauma, dando a luz a quatro filhos que me dão alegria, sendo a minha grande recompensa. Agradeço a Deus a divina oportunidade de ter podido criá-los, dando-lhes boa educação, e continuo insistindo, mesmo através deste blog, a crença e fé em Deus e na eternidade. Aconselho-os a nunca desistirem da vida, não tirando a sua própria, de seus semelhantes, incluindo a evitação do aborto. Assumindo todos os riscos de ter uma filho, mesmo em hora aparentemente errada. A vida é um presente de Deus, devemos cuidar-nos para cumprir a nossa missão até o fim!
Salve Rainha Mãe de Jesus!