Saite da Vida

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

A miséria do mundo é feminina, porque?


Mulheres são punidas pela maternidade


Há o preconceito de gênero que se diz que as mulheres por serem meigas são mais propensas a serem cuidadoras. E que os homens têm perfis mais empreendedores e agressivos, sendo mais habilitados para cargos de maior competitividade e mais altos salários.
Isso caracteriza-se como preconceito dos ideais gênero, porque tem muitas mulheres muito competitivas e audaciosas e homens com características mais cuidadoras, pegando de exemplo os pediatras e geriatras.
As crianças desde a infância são orientadas para adotarem determinados comportamentos que as levam a fazer escolhas menos competitivas. 
Colocam-se a questão das multitarefas como uma barreira significativa para que as mulheres compitam de igual para igual aos homens.
A responsabilidade da casa ficaria por conta das mulheres. Como nossa economia é voltada para comodities, eu compito com mais um preço, então não quero incorporar nenhum custo extra decorrente da necessidade de substituir uma mulher por outra trabalhadora já bem treinada, por estar em casa por conta da maternidade. 
Alguém pode perguntar: Porque a mulher não adia a maternidade dos 20 para os 40 anos? Ser mãe aos 40 pode ser risco para a mãe e bebê. Então nas entrevistas vemos é que embora as mulheres sejam até mais estudadas que os homens, acabam escolhendo profissões que lhes dá mais flexibilidade e maior capacidade de conciliar a vida pessoal e vida profissional, o que a deixa para trás do mercado de trabalho. As mulheres preferem para sua carreira no caso da gerência média, porque da gerência média para cima, a briga se dá pelos cargos que conferem maior poder, e isso se dá com sacrifício da vida pessoal e profissional.
O salário das mulheres sempre está abaixo do salário dos homens em todo o mundo.
Nas classes mais baixas temos o problema da exclusão, incluindo principalmente as mulheres negras.
A miséria crônica está  80 % entre as mulheres com crianças até dez anos e 88% entre as mulheres negras. A miséria do mundo é feminina.
Se não conseguirmos incluir esses grupos no trabalho e na sociedade, não há como combater a miséria crônica e a fragilidade da infância.

Carmen Migueles, Coord. de sustentabilidade da FGV.
Dados apoiados na OIT, Organização Internacional do Trabalho.
Entrevista na Globo News

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente reportagem. E pensar o que advém do absoluto estado de marginalização e pobreza. Crianças crescendo à margem da sociedade vai gerar corrupção, prostituição, doenças...A aids, as febres que estão chegando, Ave cruz! E esses políticos vivendo na mamata do dinheiro público.

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