A preocupação do momento é com Oliver. Este moço insiste em voltar para Frutalândia. Ele esteve por lá alguns meses e acha que a cidade tem qualidade de vida e quer isto para ele. Estava trabalhando com o tio no sítio do Lindomar colhendo melancia junto com a cunhada dele. Embora fosse um trabalho na terra, estava indo bem, pois é saudável. Agora começou dando umas perdidas. Lá em Frutalândia participei por acaso de uma tarde de oração na casa dos Leme. Fui agradecer o Marinho, um rapaz de quarenta e cinco anos, gay, solteiro, floricultor, mas gente muito boa e meu amigo de vizinhança da minha sogra. Ele gostava de nos acompanhar na beira do rancho quando tínhamos Luke e Oliver tinham seis e sete anos mais ou menos. Ele era um de muitos desta enorme família vizinha e gostava de brincar com meus meninos. Nadavam nas margens da represa do Rio Grande. Nesta época íamos de manhã e voltávamos sempre à noite. E assim ficou este vínculo com Marinho que permanece até hoje. Eu particularmente tenho muito apreço por ele. Ida é sua irmã e se tornou madrinha de representação por ocasião do batismo de Oliver. Hoje essa família já não tem mais pai e mãe. na casa sobrou apenas Marinho, alguns vasos velhos enorme e peças da floricultura. Deve ainda ter flores, mas não entrei mais no comércio deles.
Semana retrasada Da Vinci e eu fomos no Triângulo, e quando voltávamos do rancho às 1:00 da madrugada, Marinho estava sozinho no portão da sua casa. Quando desci da camionete para abrir a porta para meu sogro descer, avistei-o de acenei-lhe com a mão cumprimento saudando-o. Ele respondeu e quando, entrei no portão da casa da Dona Jurema, minha sogra, ele gritou para min: _ Estou vendo um velhinho atrás de você seguindo-a. Acho que é seu avô. Perguntei-lhe, alto ou baixo? Ele falou de volta: - é alto. Afirmei então que era pai do meu pai. Fiquei aliviada, pois tinha mais afinidade com este avô. Entrei. No dia seguinte comentei com minha sogra, que precisava ir na casa de Marinho, agradecê-lo pela informação.
Então no domingo, ante de viajar de volta para Condado, passei lá. Vi o Hall de entrada cheio de pessoas sentadas nos dois bancos da casa que ficava de frente um para o outro. Como eram todas pessoas com a aparência da família Leme, morenos de cabelos lisos parecendo índios, cheguei assim mesmo. Agradeci ao Marinho, estranhando um pouco a cerimônia deles todos. Cumprimentei um a um, perguntando quem eram. Explicaram que estavam ali para fazer uma oração. Percebi que deveria ser de alguma igreja. Já sentada, o senhor mais velho disse-me que me acompanhava uma menina de uns dez anos, de cabelo loiro comprido. Perguntou-me se eu sabia quem era: Respondi-lhe que não tinha a menor idéia. Respondeu que era meu anjo. Disse que o Senhor a partir daquele momento passava a me chamar de Maria. Nada disse. Explicou-me quem eram e integre-me à família hospedeira e aos visitantes. Ajeitaram para que eu ficasse entre duas mulheres. Foi uma cerimônia bonita, alguns hinos foram cantados. Sentada ao lado da esposa do pastor, pude cantar junto lendo o livro de hinos.Depois das profecias entramos, e na sala mais rituais de cura e de pedido a Deus para aquela casa ser abençoada. Eu e marinho recebemos bençãos especiais. O véu da senhora foi colocado em mim, a promessas de cura foi anunciada. Que Dezembro seria o último mês de quimioterapia. Ficamos em roda e todos ficamos com os braços aberto tocando o nosso próximo. Percebi que Gilmar o irmão mais velho de Marinho que estava lá, queria esbarrar as pontas dos dedos em mim, como solidariedade. Entre mim e ele, tinha uma pessoa, talvez o filho dele de doze anos aproximadamente. Mentalizei utilizando meus conhecimentos, uma limpeza pelas paredes da casa tirando as larvas astrais que caminhavam pelas paredes escorrendo o líquido viscosa para as entranhas da terra, e uma luz líquida rosa descendo pelas paredes deixando a casa mais clara e iluminada,. Depois uma luz amarela nos atravessava a todos. Acabada a cerimônia e preleções, recebemos todos os abraços do casal. Foi muito agradável, e o pedido era que Marinho se esforçasse para sair da Depressão, pois era essa a ferramenta que o Diabo usava para liquidá-lo. Também pediam para a família não deixar Marinho sozinho.
Terminando a oração, perguntaram meu nome. Quando disse que era Maria Helena, valorizaram a revelação inicial. Voltaram a falar da criança Loira me companheira de muito tempo. Sempre colocando as mulheres a meu lado. Despedimo-nos com cartõezinhos de telefone e a promessa de nos comunicarmos. Queriam estabelecer vínculos comigo. Saí rapidamente pois minha família esperava-me para a viagem de volta para casa.
No próximo post explico "as perdidas de Oliver".
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