Mudamos para um condomínio grande com muito poucas casas. Havia um grande lago, com muitos gansos, lindos. Angolas andavam soltas por lá... Havia poucos moradores, poucos guardas e poucas leis. O DoK Dog chegou, vermelhinho e cumprido. Era chorão, chorava e pedia enquanto comíamos. A vizinha adorava brincar com ele, o que causava certo ciúme nos meninos. Ficamos neste endereço por quatro anos. Doc entrava no lago, correndo atrás dos gansos, corria atrás das angolas, tinha vida livre e feliz. Só dentro de casa que os meninos ainda não tinham aprendido respeitar os cachorrinhos. Quando ele latia, pegavam o focinho dele segurando firme com as mãos. De modo que DoK sentia os maus tratos. Com a mudança, ele sempre retornava para a antiga morada, procurando o que por lá encontrava, os espaços alegres no meio das aves ariscas entre as águas. Interessante, que só dentro da água corria atrás das aves. Tornou-se exímio nadador. Os adolescentes achavam que ele voltava para a casa da vizinha, mas não o era. Queria vida. Queria viver! Aqui, começou ficando preso e quando ganhava a rua, desaparecia. Logo depois ganhamos a Cindy Crowford. Uma cachorrinha adorável. talvez por ser fêmea ganhou respeito e consideração. Deu-nos muitas ninhadas, talvez seis. Em cada ninhada vinha seis filhotinhos. Cuidava destes bichinhos com muito amor, incansavelmente. E tos nós preocupávamos com ela. Os meninos davam-lhe leite, também aos filhotes. Se adoeciam, corríamos a cuidar com medicamentos, eu cuidava com pomadinhas, e assim foi conquistando os nossos corações. Mas DoK ainda era prejudicado. Até que um dia foi embora também para nunca mais voltar. Chegou o Peter Pan, o orelhudo. Lindo! Saltava e corria maravilhosamente. Em 1992 morreu atropelado por um de nós. Um dia Luke chega com uma salsichinha preta encontrada na rua, num bairro da cidade. Pediu-me autorização para ficar com ela. Ficamos com ela por oito meses. Nesse tempo deu cria, nascendo oito filhotes. Foi uma maravilha, oito cachorros pretinhos como azeitona. Pele lustrosa de tão preta. Assim que distribuímos os filhotes, passamos a Preta para frente. Certo dia Nina traz a notícia que uma cachorrinha chamada kelly kee, doada por nós a uma família, morava no quintal, sendo rejeitada pelos cinco cachorros e pelos donos. Tinha o hábito de comer fezes. _ Ai mãe, fiquei morrendo de dó dela. Tão pequenininha! será que podíamos pegá-la de volta? Contaminada pelo sentimento de minha filha, também me apiedei, consentindo com seu pedido. Está entre nós até hoje. Deu-nos alguns filhotes. Sempre de quatro. É prognata, e suas crias sofreram pois ao cortar o cordão umbilical, mordia a barriguinha dos bichinhos que acabavam morrendo. Demoramos a descobrir porque tal fenômeno ocorria. Sobrou de seus filhote o Peludash, que foi do Olivier por certo tempo, até que sua namorada trouxe para nós, por três dias da semana, a Pipoca. O Peludash escolheu então a Connie como dona. Larita curte muito o Dom Quichot que já tem doze anos. Atualmente são quatro cachorros entre treze e quatro anos de idade. Parecem provolones, vejam só a fotografia. Todos nós aprendemos a amar cuidando deles. Posso afirmar que a mim, tornou-me uma pessoas melhor. Enquanto entravam no quarto de todos, no meu não. Hoje sou a melhor e mais constante guardadora deles. Dormem comigo quando necessário. Dou-lhes remédio, atenção, faço passeios, e passam todo o dia olhando pra mim. eu os amo.
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