Saite da Vida

Saite da Vida

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Cientista que Recuperou-se de um Derrame Cerebral

Jorge Pontual - Numa passagem rápida em Nova York, entrevistou a neurocientista, autora do Best Seller mundial A Cientista que Curou o Próprio Cérebro, Jill Bolte Taylor. Conteúdo exibido no programa Millenium da Rede Globo. Na entrevista que tem duração de vinte e três minutos, Jorge pontual comenta que o cérebro humano tem a capacidade de se recuperar e encontrar a felicidade. A cientista ensinava neuroanatomia na Universidade de Harvard. Sofreu um derrame há treze anos, perdendo as funções do lado esquerdo do cérebro. Com a ajuda da mãe, Jill levou oito anos para se recuperar e hoje é uma pessoa normal. Mas nesse processo, aprendeu como usar o lado direito do cérebro, onde segundo ela, existe um profundo sentimento de paz e felicidade.
HD= hemisfério direito
HE= hemisfério esquerdo
Ela amanheceu percebendo que um vaso sanguíneo do lado esquerdo do cérebro tinha explodido, levando-a a perder todas as funções cerebrais, no curto prazo de quatro horas. Sua mãe recebeu a notícia de que ela estava num "quadro estável". Pensou então que ia encontrá-la bem. Mas encontrou um corpo debaixo dos lençóis, um corpo que respirava. Levantou os lençóis, pegou-a no colo, e cantou cantigas de ninar, tratando-a como a um bebê. Não tinha o que fazer com ela. Com a ajuda da mãe, teve que reaprender tudo do zero, como um recém nascido. Novo processo de integração dela com ela mesma se iniciou, pois o cérebro tem a capacidade de se recuperar. Ela levou oito anos para se recuperar e hoje é uma pessoa normal. O hemisfério direito ficou intacto podendo sentir um profundo sentimento de paz e felicidade. O hemisfério esquerdo abriga a linguagem, onde reside a capacidade de criar sons e dar sentido a eles, permitindo que possamos nos comunicar. A linguagem é também a capacidade do auto-reconhecimento onde fica armazenada a individualidade, dados como nome, endereço, enfim o todo núcleo egóico do indivíduo. Perdeu todos os detalhes que a definiam como indivíduo, a noção de limites e espaço que esse corpo ocupa, o limite de onde começa e termina. Essa noção está guardada nas células localizadas no hemisfério esquerdo. Perdeu o monólogo interno que foi completamente silenciado, permanecendo em silêncio absoluto. A partir da ausência que a conectava com o mundo exterior, penetrou no momento presente, na experiência presente. A mente não processava lembrança do passado e não via perspectivas do futuro ou coisas importantes do mundo exterior. Penetrou na experiência do presente, no momento presente, experiência que lhe causou uma profunda paz interior e êxtase total, desencadeado pela ausência do mundo exterior tal como o conhecia. Tinha se libertado da responsabilidade, do emprego, dos relacionamentos. A bagagem emocional de trinta e sete anos havia desaparecido.
A ausência disso sucitou o que ela viria a escrever como a reveladora experiência que o Budismo denomina de Nirvana.
Jill Taylor diz que é capaz de reingressar nesse estado sempre que deseja. Quando perdeu o HE pode experimentar o momento presente do HD. Precisou reconstruir e reconectar os circuitos que haviam parado de funcionar no HE, contudo esse processo não reduziu o que aprendeu ao perceber que a paz interior está sempre presente. Assim decidiu não se achar tão importante no mundo. Com a ausência do monólogo interno e do ego pode adentrar o que chama de "magnífico estado de união com a existência". Algumas pessoas alcanção este estado com a meditação ou uso de drogas.
Após a cirurgia, esperou passar o inchaço e trauma sofrido pelo cérebro, reconstruindo circuito por circuito. A capacidade de se comunicar linguisticamente, requer uma combinação de circuitos diferentes. Habilidades diferentes dependem de circuitos diferentes. Ao pronunciar uma palavra, precisava juntar energia para produzir um som, que no início, saía como um sussurro quase inaudível, até que foi aperfeiçoando cada som. Por exemplo: a palavra cão, ou dog, ocupa um espaço no cérebro, para recontruir tal palavra no cérebro, precisou tempo e muito exercício, palavra por palavra,prestando muita atenção para entender clara e precisamente os detalhes do que alguém estava lhe dizendo. Quando o momento presente passava, ela não conseguia associá-lo com o momento seguinte. Após a cirurgia sua mente foi lentamente aprendendo a compreender a linguagem num nível mais complexo. O HE refutava aprender, resistiu muito. A leitura parecia uma prática completamente absurda. Era incapaz de ter pensamentos abstratos voltados à linguagem.
Por oito anos o aprendizado mais importante foi dedicado à linguagem. Queria aprender a falar novamente. Sabia que o tempo vivendo nesse corpo era finito, queria fazer o melhor para tentar se reestruturar e reativar os circuitos do HE. Demorou armanezar conversas para reutilizá-las em outro momento. Achou que compartilhar sua experiência era importante.
O seu braço esquerdo estava paralisado e o direito debilitado, dificultando o equilíbrio corporal. Redefinir as suas limitações de corpo e espaço também levou tempo. Ela se sentia enorme, porque não tinha noção da delimitação do seu próprio corpo. Trabalhou também as sua limitações corporais levando um bom tempo. Foi um processo gradativo até poder conseguir realizar duas tarefas simultâneas. Levou oito anos para perceber que tinha uma estrutura corporal sólida. Durante estes oito anos acreditava que era um corpo fluido, se considerando um ser energético. Interagia com a energia ao seu redor. Ficou muito claro que somos seres interconectados, somos uma só energia, a grande família humana. Acordar todos os dias pensando e assimilando e pensando isso como realidade nos possibilita orientar a vida assim. O HE nos separa e cada um passa a ser um indivíduo sólido. Passou a considerar que seja qual for o tempo que viver, está tendo sorte, algumas horas, semanas meses ou anos. Passou a aproveitar melhor o seu tempo, e acha que como caráter melhorou muito.
Aprendeu ter mais compaixão, mais aberta a erros e a aproveitar a similaridade entre nós, em vez de ressaltar tanto as diferenças.
É importante reconhecer que o cérebro pode se recuperar, e podemos melhorar a qualidade de vida. Se uma pessoa só pode se movimentar balançando, que faça a balanço com prazer, com alegria. Que faça o movimento do balanço muitas e muitas vezes com prazer. Se começar a exercitar o sentar-se, que repita este movimento inúmeras vezes até que consiga, sempre com entusiasmo. É importante o apoio familiar e da comunidade médica. Ninguém quer chegar a seu médico e ouvir dele, "sinto muito mas não há o que fazer". É importante que ele também acredite na recuperação, incentivando a família. No mínimo pode-se melhorar a qualidade de vida de qualquer pessoa, em qualquer condição que ela esteja.
Realça a importância terapêutica do sono. Muitas vezes a pessoa dorme muito, sendo que este sono é reparador, devagar a pessoa vai somando energias para o desempenho de tarefas futuras. O sono faz parte do processo de cura, precisa ser estimado, valorizado. Por isso quando alguém sofre um derrame e ficar dormindo, dormindo, é um processo salutar.
Ela queria ser ajudada a se reencontrar no mundo, queria que reavaliassem suas capacidades potenciais. Precisava ser incentivadas e lembrada das dificuldades do dia anterior, uma vez que não conseguia recordá-las. Identificava apenas, e tão somente o presente. Não conseguia reavaliar o passado e o futuro. Se na semana passada se sentou bem, precisava ser lembrada desse bom desempenho, precisava da avaliação e lembrança do observador de fora.
O HD analisa as situações amplamente, e o HE disseca em pedaços a realidade. É função do HE ser crítico, analítico e julgador. Uma parte dela era mesquinha e cruel. Começou a franzir a testa sendo que a raiva resultou numa resposta fisiológica. Quando experimentou a raiva não gostou de ter ativado o circuito da raiva, porque causou uma resposta fisiológica de tencionar o maxilar e o ombro edeixando peito ficou apertado e inquieto. Foi uma sensação horrível segundo Jill Taylor. Decidiu banir isso dela. Se um pensamento negativo chegava, se recusava a ter aquele pensamento. Hoje não manifesta mais aquele circuito fisiológico.
Há diferentes tipos de circuitos cerebrais. Há circuitos de pensamentos emocionais e fisiológicos. Há determinados pensamentos que sempre a deixavaram com raiva. O circuito da raiva dura noventa segundos até percorrer todo o corpo e dissipar. Se esta raiva permanecer por mais de noventa segundos, significa que escolheu, consciente ou inconscientemente a permanecer com este sentimento raivoso. Há sempre uma escolha entre observar a experiência e se envolver com ela. Pode-se sentir e disseminar a raiva.
A mesma coisa serve para a tristeza. Se alguém está sofrendo com a morte de um ente querido, estas ondas estarão constantes, se repetindo continuamente em seu circuito cerebral. Ao pensar na tal pessoa, o circuito da tristeza é estimulado, provocando uma resposta impactante no coração, levando a adentrar numa experiência dolorosa. Se pensar na pessoa , o circuito da tristeza durará noventa segundo até completar a volta e dissipar. Se ficou com a tristeza é uma escolha pessoal.
É possível observar os pensamento, se envolver com eles ou não. Se não desejar acionar tal circuito, dou um "passo à direita" e saio dele observando atentamente o que está á minha frente, quais os odores que sinto no meu espaço, a folhagem com suas minudências e cores, ou as frestas de luz que entram no meu quarto, a patextura da parede, ou a escanda rolante por onde desço ou subo, olhar das pessoas que cruzam o meu caminho, etc. A qualquer momento podemos trazer a mente de volta ao momento presente, assim os pensamentos invasores de negatividade começam a se recolher, se recolhendo e silenciando. Não que deixem de existir, eles voltarão a manipular , mas neste momento damos um passo à direita e voltamos ao momento presente.
A Oração da Serenidade, "Oh! Deus, dai-me forças para aceitar o que não posso e modificar, e coragem para modificar o que o que é preciso". Para modificar o que é preciso usamos o cérebro esquerdo. Lill defende o uso dos dois lados do cérebro, pois é necessário um cérebro equilibrado. Ela diz" Perdi o HE que é lindo, adquiri a consciência pura e reveladora do HD, precisando recuperar o HE, para voltar ser um ser humano funcional. Portanto se aspiro ser um ser humano saudável, preciso ter um equilíbrio cerebral. Ela diz no final da entrevista: "Quanto mais longamente escolhermos o mergulho no circuito profundo e pacífico do HD, maior será a paz que projetaremos no mundo e mais pacífico será o nosso planeta. E acho que esta idéia vale a pena".
Este filme foi visto no nosso grupo de oração que ocorre todas as quartas feiras, complementando uma aula sobre "Viver o Momento Presente", tema recorrente nos nossos estudos, objetivando a eliminação da ansiedade.
O filme foi passado por Plinio Ghirello Filho, para os netos do Seu Plínio, entre doze e dezoito anos que estavam presentes. Fiquei com a tarefa de trascrevewr o conteúdo, para o Seu Plínio preparar a aula para o grupo de adultos.
O importante neste filme, foi entender que para conseguirmos mudanças precisamos de atitude. Com atitude, vontade e ação conseguimos o que desejamos.

"A Cientista que Curou o Próprio Cérebro", best seller mundial por Jill Bolte Taylor.
Não foi este vídeo que assistimos, não consegui encontrá-lo na internete, mas este que apresento é uma palestra poética da autora.
Meu Derrame de Percepção1
Meu Derrame de Percepção2 (fala sobre a esquizofrenia)
Cure o Mundo

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Folia de Reis



Chegada de Santos reis

http://www.youtube.com/watch?v=riIAbiRYnEA&feature=related

Folia de Santos Reis - Costumes, crença e tradição

http://www.youtube.com/watch?v=SaXO2KmwiCQ

Origem do Congado

Em participação de um Encontro Latino Americano de Educação em Valores Humanos, em Belo Horizonte, no período de 18 a 23 de janeiro de 2003, tive oportunidade de conhecer o O Reinado de Nossa Senhora do rosário.



Lara, a Rainha das Águas!



























Sempre desejei ter uma menininha, ela veio após dois meninos. Amei esta filha assim que vi o seu rostinho cor-de-rosa, parecendo mesmo uma rosinha. Sorriu para mim, sorrindo para o mundo. Mesmo entre dois meninos ciumentos, que não queriam vê-la por perto. Foi aquela perseguição. Tinha que estar sempre acudindo, socorrendo, salvá-la das investidas agressivas de seus irmãozinhos... principalmente do mais novo. Faltou-me habilidade para lidar com a situação, de um garotinho que até dois anos vivia no colo, pois era assim com o Olivier. Antes tinha tudo para ele, depois, nada. Tinha prazer em penteá-la, conversar, fazê-la sorrir, sair, ninar e fazer dormir. Exagerava na papinhas, com todos, aliás. Maçã, porque uma?... amassava sempre duas. Pera? A mesma coisa. Depois colocava-a no quadrado, e ficava aquela gorduchinha, parada, sem se mover de tanto que comia. Assim que passava o empachamento, voltava a sorrir e conversar.
A linguagem preferida era o "manhês", ou seja, em inglês motherless, aquela que se faz a vinte centímetros do rosto do neném.
Depois de mais crescidinha, não queria colocá-la na escolinha de tão bom tê-la por perto, mas um dia chega a hora.... Na Escolinha ..., onde todas as crianças iam, você acompanhou seus irmãozinhos... Alí aprendeu dançar e cantar... Começou o desenvolvimento da sua veia artística, pinturas, desenhos, e artes dramáticas. A esta nunca quis dar atenção, mas esta aí, imanente, basta querer... por vezes aparece a iara atriz. Olhos de mãe? Não, é uma certeza. Mas a desenhista, só quer desenhar. O primeiro desenho, o seu preferido eram as sereias, aquele que faz juz ao seu nome, escolhido por mim, como a rainha das águas. A criação é gerada na água, o mundo começou a criação de suas partículas de vida na água, chegando até nós, seres humanos pensantes e herdeiros de Deus. Iemanjá é a nossa Amada Mãe da Vida, da geração,é a água que vivifica. Metaforicamente, a geração da fé, do saber, e da criação. A escolha do nome valeu a pena, porque você é criativa, sempre buscando o conhecimento voltado para a fé, para Deus, para a vida. Esta é a nossa sintonia!
E o amor pelo mar, expressado no principal esporte de sua adolescência, o surf. Quantas férias você sumia pelas praias, só me dando notícias quando começava com os pesadelos de mãe apavorada procurando por você?
Eu e seu pai, às vezes olhávamos algumas moças andando livremente pelas praias e imaginávamos você também moça, com roupas brancas, cabelos louros, encaracolados, tatuagem nos tornozelos, andando livre pelas orla marítima. Claro não a vimos nesse caminhar, mas sabemos que muitas vezes você esteve lá, como as nossas miragens. O costume de pintar cabelos de todos os seus amigos da praia, cortá-los, o seu próprio....
Seus desenhos preferidos, a sereia do mar, por muitos anos!, se transformando em auto-retrato...podíamos vê-lo espalhados pelos cadernos, paredes, e quadros, ainda não postos em paredes, guardados de lembrança.
São tantas Iaras...a Larita viajante, mochila pesada nas costas, uma prancha nas mãos, não sei como conseguia carregar tanto peso. Procurando prais ermas, a praia do sono. Qua agonia de mãe imaginá-la tão isolada, às vezes usando barcos pequenos sem segurança nenhuma para travessias. Caminhadas pelas matas, até chegar à praia do sono, ou dos sonhos. Só mesmo entregando para Deus o seu cuidado. Mudou pouca coisa de lá para cá, você continua viajando, agora a trabalho. E assim vai rodando o mundo, descobrindo a vida. o trabalho, as dificuldades, desenvolvendo a arte de se relacionar, tolerar, a paciência.
Eu lhe desejo muita felicidade, que consiga tudo o que deseja.
Canto das mães d' água
A Lenda das Sereias
Saltimbancos:Nós gatos já nascemos pobres




domingo, 6 de junho de 2010

Cida Falando de Si






Na adolescência praticava esportes e atividades coletivas. Nunca foi de ter uma amizade só, sempre convivendo com rodas diferentes, sendo muito eclética na convivência. Nunca teve paciência com mesmice, não gosta de serviço de casa, é constante nas amizades. Foi namoradeira e adorava viajar pelo Brasil. Sempre economizava da mesada para estas viagens. Sempre gostou de ganhar dinheiro, fazia crochê e os vendia. Muito gulosa com doce, principalmente coca-cola, chocolate e maçã.

Gosta de repassar o conhecimento, por isso não se arrepende de ter feito carreira universitária, mas guarda uma frustração por não ter sido professora universitária. Se alguém tem um segredo técnico, não conte a ela, pois ela não vai guardar, principalmente se for útil ao conhecimento coletivo.

Pede e insiste que eu diga que o maior arrependimento da sua vida foi os dois abortos que fez. A razão principal, era que se casasse, o pai deixaria de pagar a faculdade de arquitetura, pois considerava a sua formação acadêmica muito importante para sua vida, apesar de isso não justificar seus atos. Hoje não faria isso, com a consciência e o respeito à vida que adquiriu. De mil novecentos e setenta e seis a oitenta, passou pelas drogas, mas não aconselha que os jovens façam usa dela. Estava engajada no movimento político, sendo que uma das bandeiras era sexo, amor e drogas. É a favor da liberação controlada das drogas, tanto para arrecadar divisas, deixando de ser um negócio paralelo e arrecadar impostos, por um lado, mais alto até que o imposto do cigarro; e por outro para que o Brasil conheça seus viciados, consequentemente seus marginais adolescentes e os trate com dignidade. Sendo a droga um psicotrópico, seria receitada pelos postos de saúde. Aquele que ultrapassassse os limites seria encaminhado para tratamento assim como se faz no trânsito, coms transgressores.

Tem uma maneira peculiar de procurar os empregados. Quanto ao último, saiu às ruas de Tangará observando as pessoas. Viu na porta de uma casa, um cavalo com uma traia impecável. Conversou com ele e a esposa, gostando da prosa, contratou-os sem pedir referências. Em seguida descobriu que havia trabalhado para um senhor muito exigente da cidade. Três pessoas da família são contratados, e hoje não precisa mais contratar pessoas de fora para roçar pasto e arrumar cercas. A esposa desempenha todas as funções dos homens. A filha mais novinha, treze anos, ajuda a mãe nas lidas da casa deles. O filho mais velho trabalha na cidade. É uma família exemplar. Quando a família ficava desempregada trabalhava com um cavalo e carroça, fazendo frete na praça. Ou vendia espetinhos na praça. Hoje, fora do serviço contratado, nas horas vagas doma cavalos para os vizinhos. Assim que viu a casa desta família, viu que com pequenas mudanças, daria para fazer uma pequena reforma, dividindo a casa em duas kitnetes, e alugar para melhorar a renda familiar, diminindo o trabalho, e a sobra do dinheiro, construir mais umacasinha no fundo do quintal. O filho mais velho é exemplar, não bebe, não fuma , muito responsável com o trabalho. Trabalhou muito anos com outra família, mas não conseguiu dar passos financeiros.

Não gosta de ouvir desaforos, não pisem no calo dela. O direito de um vai até onde começa o direito do outro. Quando age com a intuição, obtem melhores resultados do que quando age com a razão.

Se diz uma pessoa feliz, satisfeita, nada aborrecendo por muito tempo. Nada lhe tira o sono, não guardando raiva e mágoa de ninguém. Quando não gosta de alguém evita convivência. Não gosta de viver brigando, gosta de paz. Mas se precisar faz o seu "barraquinho". Conta que na sua primeira comunhão, estava se esforçando ao máximo ser bem comportada, era muito briguenta, até minutos antes da missa uma menina lhe provocou e ela pois tudo a perder. Quase perdeu o direito de frequentar a cerimônia, tendo que se confessar novamente., para participar da comunhão. Diz ser uma cacterística sua, quando está quase na hora de ganhar o prêmio, põe tudo a perder. Adora ser velha, isto é ter cabelos brancos, mas não gosta de ser gorda e nem dos pneuzinhos.

Adora trabalhar, quando não sabe alguma coisa, se esforça para aprender, assumindo a responsabilidade. Como arquiteta, nunca suportou fazer casas para madames, preferindo os projetos voltados para o social. Define que a casa de cada um é como o coração, ninguém manda. Em Cacoal (RO) era fiscal de obras da prefeitura, fez muitos projetos para indústria. Sua maior qualidade como arquiteta é a racionalidade dos projetos, o seu espaço rende muito. Hoje em dia esta é uma qualidade muito valorizada, mas diz também que este é o único diferencial que possui, incluindo todas as áreas em que já trabalhou.

Adorou a experiência industrial quando trabalhava com reciclagem. De tanto receber máquinas velhas, não conseguindo vendê-las algumas vezes, passou a funcioná-las. foi assim que se tornou industrial.

É criativa e dedicada. Passou fome, desforo de fornecedor, mas venceu. precisou adiar este projeto e trabalho para cuidar do seu maior patrimônio, as fazendas. Aprendeu a ser fazendeira há cinco anos, quando assumiu as rédeas de tudo. Aprendeu com um peão tudo que era certo e errado.

Quanto a política, diz ter vergonha de ser brasileira. São poucas as pessoas do mundo político sérias. Ser séria para ela é aquele que trabalha para o seu crescimento e para o bem da coletividade.

Tudo é possível se houver Fé e Amor.

O seu maior desafio é ser mãe de um adolescente. Com ele está aprendendo amar, perdoar e esquecer as ofensas.

Obs:



  1. Foi sorteada com mais onze pessoas por um frigorífico de Tangará, para ficar cinco dias na África do sul, para ver alguns jogos da Copa, no dia 25 de junho.Com tudo pago.


  2. Ganhou para esta viagem uma mala feita com roupas da irmã Regina e sobrinha Daniela.


  3. A Cida disse que foi a primeira vez que fez uma revisão de sua vida.


  4. Tudo o que está aqui foi-me ditado por ela.


  5. Disse que valeu a pena.


  6. Este relato está sendo feito agora, com a presença dela. Gostaria de glosar algumas informações, mas ela acha importante que permaneçam, pois são lição de vida.